Maradona

Argentinos se despedem do maior ídolo no futebol

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Divo Calvo (Folhapress)
Fãs se despediram do ex-camisa 10 por meio de inúmeras provas de idolatria

Milhares de pessoas já esperavam para entrar na Casa Rosada, sede do governo argentino, às 6h desta quinta-feira, quando as portas do edifício histórico se abriram para receber os fãs de Diego Maradona. O ex-jogador morreu na quarta-feira, após não resistir a uma parada cardiorrespiratória. Mais de 1 milhão de pessoas marcaram presença no velório, que criou filas enormes nas ruas de Buenos Aires.

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As tentativas de manter o distanciamento social por conta da pandemia do coronavírus e a organização da entrada dos admiradores fracassaram logo de cara. Havia grades de metal para tentar conter o volume de gente, mas elas eram constantemente derrubadas, porque alguns queriam passar adiante dos outros. Muitos desses fãs haviam passado a noite entre o Obelisco e a Praça de Maio, onde foram realizadas as homenagens na quarta, e vários estavam embriagados.

Com bastante esforço, seguranças conseguiam convencer que alguns pelo menos colocassem a camiseta e a máscara antes de entrar no recinto. Houve focos de confusão, e a polícia, com equipamento de choque, chegou a intervir para dispersar. Na fila, ainda do lado de fora, houve momentos de cantoria, choro, pessoas que chegavam abraçadas, famílias, pais com filhos.

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Do lado de dentro, bem mais controlado, o caixão com o corpo de Maradona ficou no salão interno, fechado e coberto com uma camiseta da seleção Argentina de número 10 e outra do Boca Juniors. As pessoas passaram rapidamente diante dele e gritaram: "Obrigado, Diego", "Você é Deus", além de jogarem camisetas de vários times, terços e outros objetos. Pouco antes de abrirem as portas para a multidão que já estava na Praça de Maio desde o dia anterior, a família do ídolo se despediu dele numa cerimônia privada, à qual os jornalistas não tiveram acesso.

Estavam presentes sua ex-mulher, Claudia Villafañe, suas filhas mais velhas Dalma e Giannina, e também sua companheira mais recente, Veronica Ojeda, com o filho mais novo, Dieguito Fernando, além da outra filha do ex-jogador, Jana Maradona. Apenas um dos filhos reconhecidos, Diego Júnior, não compareceu, por estar na Itália, em tratamento por conta do coronavírus.Também compareceram alguns ex-jogadores que foram companheiros de Maradona (Oscar Ruggeri, Sergio Batista e Jorge Burruchaga), e alguns ídolos argentinos mais recentes, como Carlitos Tévez, Martín Palermo e Javier Mascherano.

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O horário da cerimônia de despedida para o craque argentino, inicialmente previsto para ir até as 16h, foi estendido até as 19h, diante da massa de fãs que aguardavam na fila por horas e não conseguiriam dar adeus ao ídolo na programação original. Pouco depois desse anúncio, porém, a visitação foi interrompida, e o caixão com o corpo de Maradona, retirado do local onde estava exposto.

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